Quanto à conferência propriamente dita, foi pautada por altos e baixos, como se compreende num evento inaugural. A organização (exemplar) do Royal Veterinary College optou por uma abordagem de alargada abrangência temática com curtas contribuições de veterinários, filósofos, economistas, advogados, dirigentes políticos e de ONG’s. Esta pletora de palestrantes diluiu em demasia a unidade da conferência (os temas foram do abate religioso ao Grand National passando pelo Human-Animal Bond em menos de uma hora) mas permitiu um ambiente alargado de discussão, que por vezes igualava o tempo da palestra que lhe dava origem.
As palestras foram gravadas e serão transpostas para livro, com a chancela da Blackwell Publishers. Entre elas destaco duas, sem desmérito para as restantes:
a) “Ethical analysis of the use of animals for sport” de Madeleine Campbell pela forma objectiva e clara como expôs a dilemática no uso de cavalos para desporto.
b) “The Justice of Animal Use” de Martin Whiting que explora a transposição (ou não…) do Princípio da Justiça para o âmbito da ética animal.
De realçar que a conferência foi seguida em directo pelo Twitter (#ICVAE), tendo mesmo sido feitas perguntas aos palestrantes por essa via, e também pela plataforma NOVICE (Animal Welfare Group) onde, através do trabalho dactilográfico extraordinário de uma outra bolseira, Rowena Packer, se conseguiu um elevado nível de discussão que ainda hoje perdura.