Numa das suas crónicas na VISÃO, o multi-premiado escritor Gonçalo M. Tavares (autor de obras como Jerusalém), aflorou um tema, no mínimo, arrojado: a evolução das galinhas. Não se compreende muito bem onde o escritor pretende chegar com a sua reflexão (aliás, eu já desisti de procurar significados nestas crónicas para além de serem livres exercícios de escrita) mas não consigo conter o incómodo provocado por aquelas últimas palavras: “Mas as galinhas não, ninguém consegue acreditar que elas aproveitem o mal que lhes fazem para evoluir – elas não são assim tão humanas, são animais que ainda percebem poucas coisas.” E aqui deixo a pergunta: estamos na presença de prosa digna de respeito ou de opinião infundada e disparatada?
Ui – isto tem tanto para discutir. Ou não. Sentido não faz, e a pergunta por colocar se calhar é se tem alguma importância quando numa escrita artistica se diz aparentes disparates sobre uma realidade animal?Que as galinhas aprendem, aprendem. Na minha tese de doutoramente aprenderam de abrir portas para ter acesso a comida tal como para ter acesso a poleiroshttp://diss-epsilon.slu.se:8080/archive/00001930/Para uma ilustração mais visual, ver a partir do minuto 3 neste videohttp://www.youtube.com/watch?v=fRYvDbY-2E8ou melhor ainda a partir do minuto 7.45 neste que é a segunda parte do excelente video didactico Stimulus Responsehttp://www.youtube.com/watch?v=p12ng38iis0&feature=related
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